Por Conrado Navarro
Agir assim significa valorizar a liberdade construida a partir de decisões de consumo conscientes. Comprar o necessário, pagar o possível, economizar e investir.Como vê, não há dependência em relação ao dinheiro (e expectativa) dos outros.
Ser independente financeiramente traz muitas vantagens.Pena que a nossa liberdade de ir e vir sem depender de tanta coisa (chefe, trabalho, salário, data de vencimento, empréstimo etc.) para sustentar o padrão de vida é confundida com mesquinharia. Não por mal, é verdade, mas por conta do que chamo de Defeito 3D: Desinformação, Desinteresse e Desilusão.
A desinformação tem raízes culturais e educacionais profundas, já conhecidas e lamentadas semanalmente em periódicos diversos. O desinteresse surge comojustificativa para manter as coisas como estão, no piloto automático, desde que algum conforto e consumo exista para satisfazer crises de identidade.
E a desilusãotorna a desinformação e desinteresse atraentes, um alento, alimentando o ciclo.Questões inevitáveis surgem dai:* Onde o ciclo do Defeito 3D começa?* Quem o começa? Quem é mais responsável por ele: o governo, o cidadão ou as instituições?* Estou disposto a sair da zona de conforto?* Independência financeira é algo desejável em um país onde o consumo e a inclusão social por meio das posses só parecem ter começado para valer há poucos anos?
"Capitalism, oh yeah…"No fim, tudo se resume a encarar decisões como armadilhas ou atalhos. Para quem quer atingir a independência financeira, endividar-se significa tomar o caminho mais longo. Desviar-se dos planos pelo simples prazer de consumir acaba custando tempo, dinheiro e muitas realizações no futuro. Muitos dizem que compensa.
Duvido.
Fonte: Você Mais Rico, em Você S/A