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Economista pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Possui cursos de extensão pela Fundação Getúlio Vargas em Fundamentos de Estatística Descritiva e Probabilidade, Gestão de Preços, Consultoria em Investimentos Financeiros, Balanced Scorecard, Finanças Empresariais, Introdução ao Mercado de Ações a Vista, Administração Financeira / Decisões sobre Investimentos e Financiamentos, Direito Bancário, Gestão de Crédito e Risco, Direito do Seguro e Resseguro, Gestão Estratégica em Negócios Bancários, Teoria Econômica do Setor Público, Contabilidade Financeira, Projetos de Investimento Social e Série Estratégica em Finanças. Possui Certificação pela Associação Nacional dos Bancos de Investimentos CPA 10 e CPA 20. É Agente Autônomo de Investimentos credenciado pela Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM), certificado pela Associação Nacional das Corretoras e distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord). E-MAIL: daguiarsilva@uol.com.br

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Guardar o dinheiro que sobra todo mês na poupança é uma boa opção?

Por: Tabata Pitol Peres

24/01/11 - 10h00
InfoMoney


SÃO PAULO – Na hora de cuidar do seu orçamento, escolher bem os investimentos é fundamental, afinal são eles que poderão lhe garantir um dinheirinho a mais todos os meses.
E não é raro que, na hora de preencher a planilha de gastos, as pessoas também questionem: quanto vai sobrar para colocar napoupança? Afinal, essa modalidade de investimento parece ser a primeira que vem à cabeça da maioria dos brasileiros quando o assunto é guardar dinheiro. Quem nunca ouviu do pai, da mãe, da avó ou do amigo a frase: “esse mês sobrou um dinheirinho para por na poupança”.

Tanto é verdade que a maioria dos bancos possuem uma ferramenta que automatiza o ato de poupar. Com essa ferramenta, é possível determinar que, em certa data, um valor pré-estabelecido será retirado da conta corrente e alocado na poupança. 


Poupança?

As ferramentas de poupança automática são uma boa opção para quem acaba gastando mais do que deve no mês e esquece de guardar um pouco dos ganhos. Afinal, você pode determinar que o dinheiro seja retirado da sua conta assim que receber o salário. Dessa forma, o dinheiro é guardado - quase sem que você perceba – ao invés de ficar na conta para ser gasto, muitas vezes, com coisas supérfluas.


Mas será que vale mesmo a pena alocar na poupança o dinheirinho que sobra no final do mês? 

De acordo com o gerente de renda fixa da Um Investimentos, André Mallet, para quem não possui uma quantidade muito significativa para investir, a poupança é sim boa opção.

“Se você considerar que o CDI deu, no mês passado, um rendimento de 0,90% - em um título desse tipo, de curto prazo, com vencimento para daqui 6 meses, onde há uma tributação de 22,5% de imposto de renda - você tem um ganho líquido de 0,70% ao mês. E em alguns meses menos ainda. Considerando que a poupança dá 0,5% + TR ao mês, para o pequeno investidor não vale a pena escolher outro investimento. E estou falando de CDI. Há fundos com o mesmo rendimento, onde o investidor ainda tem que arcar com a taxa de administração”, explica.


Outras opções

Para Ricardo Torres, com o aumento dos juros iniciado na última quarta-feira (19) é hora dos brasileiros saírem da poupança e buscarem investimentos mais rentáveis. 


“A poupança não deve render em 2011 mais do rendeu em 2010. Temos outros investimentos com rentabilidade melhor, como otesouro direto. Mas acho que uma boa opção são os fundos DI, que investem no tesouro nacional, e são mais práticos para se investir. Eles acompanham os aumentos da Selic e do tesouro. Fundos Imobiliários também são ótimos, alguns dão até 1% de rendimento por mês, mas é importante escolher o fundo correto”, alerta. 

Mallet completa: “fundos possuem taxa de administração e no tesouro há taxa da CBLC e a taxa da corretora. Considerando isso, a facilidade de investimento e a isenção de imposto de renda, acho a poupança muito boa para o pequeno investidor. Quem tem um pouco mais para guardar, no entanto, pode se beneficiar de um leque de outras boas opções, como fundos multimercados e investimentos atrelados à Selic”.

Onde investir na terceira idade?

Por: Tabata Pitol Peres
25/01/11 - 10h00
InfoMoney


SÃO PAULO – Engana-se quem imagina que os gastos na terceira idade diminuem. O valor destinado à vida noturna, por exemplo, pode até ser menor, mas muitas outras coisas encarecem. De acordo com o IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade), em 2010, os preços de plano e seguro saúde cresceram5,88%; do leite tipo longa vida, 23,95%. e da empregada doméstica mensalista, 8,85%.

Tanto que a inflação dessa parte da população ficou mais alta do que a inflação geral, ou seja, o custo de vida da terceira idade subiu 6,27%, contra a elevação de 5,91% na inflação oficial do Brasil.

Diante desse cenário, não dá para arriscar perder dinheiro nessa fase da vida. E, por isso, os investimentos precisam ser muito bem pensados para, inclusive, trazer um pouco mais de renda ao aposentado.


Onde investir?

De acordo com o educador financeiro e fundador do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil, Mauro Calil, o ideal é chegar à terceira idade com um colchão financeiro substancial e, nessa fase da vida, investir mais em seguros, inclusive no plano de saúde.


Porém, para quem não chegou à aposentadoria com essa tranquilidade financeira, há boas opções, de risco moderado e rendimento maior. “Os fundos multimercados com capital protegido são uma opção. O problema é que eles exigem um volume em torno de R$ 100 mil para começar”, explica.

Quem não possui essa quantia, pode procurar outros investimentos, inclusive ações. Mas é preciso cautela.

“Na hora de investir em ações, o cidadão da terceira idade precisa ser mais criterioso e cauteloso. Não dá para ter 100% do patrimônio em ações, há menos que seja uma carteira antiga, com mais de 20 anos, em que é possível viver de dividendo. Para quem tem 65 anos e está entrando agora no mercado, o ideal é ter apenas 10% do patrimônio em bolsa e, preferencialmente, em ações de setores conservadores que são aqueles que são geradores de caixa, como setor elétrico, bancário, concessões, que pagam bons dividendos”.


Poupança

Considerando que em 2010 a poupança deu aos seus clientes uma rentabilidade de 6,90% - em termos nominais, sem considerar a inflação do período – será que ela é uma boa opção para quem está na terceira idade?


“Com certeza não porque, além do baixo rendimento, a poupança nem é um investimento tão seguro. Ela só é segura até R$ 60 mil que é o quanto o fundo garantidor garante”, diz Mauro.
Para ele, há outras opções mais vantajosas. “Quem tem mais de 65 anos, deve sair da poupança e migrar para o tesouro direto ou para um fundo de investimento imobiliário, que dará todo mês um aluguel ao investidor, da ordem de 0,7% ou 0,8% do valor investido, já livre de imposto de renda, ou seja, bem mais vantajoso”.

Para finalizar, Calil afirma: “a caderneta de poupança não tem um repositor de inflação adequado para a terceira idade, e isso é bastante importante”.

Por que o mercado de ações atrai cada vez mais mulheres e jovens?

Por: Equipe InfoMoney
28/01/11 - 18h06
InfoMoney



SÃO PAULO - O número de mulheres e jovens que investem em ações cresceu consideravelmente nos últimos anos. Para se ter uma ideia, em 2002, a Bolsa de Valores de São Paulo contava com 15 mil investidores do sexo feminino. Já em dezembro de 2010, esse número saltou para 151 mil, 10 vezes mais do que há oito anos, segundo dados da BM&FBovespa.

Segundo o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente do Instituto DiSOP, um dos motivos desse crescimento é a maior facilidade de acesso à informação através da internet. “Hoje em dia, os jovens acessam muito mais a rede, para fazer trabalhos ou mesmo para entretenimento. As mulheres também estão mais conectadas, tanto no trabalho quanto em casa. E elas buscam cada vez mais informações, inclusive de investimentos”, aponta.

Além disso, o crescimento da mulher no mercado de trabalho também é apontado pelo educador para o aumento das investidoras no mercado de renda variável. “As mulheres estão buscando a igualdade com os homens. Então, a Bolsa de Valores, que antes era dominada pelos homens, agora também está sendo usada pelas mulheres”, afirma.


Jovens
A quantidade de jovens no mercado de renda variável também é considerável. A faixa etária entre 16 e 25 anos engloba mais de 29 mil investidores da BM&FBovespa, o que representa quase 5% da quantidade total de investidores pessoa física (611 mil em dezembro de 2010).

Para o estrategista-chefe da corretora SLW, Pedro Galdi, o fato da economia estar mais estabilizada contribui para uma maior procura dos jovens por investimentos.

“Essa nova geração convive em um cenário econômico muito mais tranquilo. Com isso, o modelo de poupança vem se difundindo e os jovens são cada vez mais atraídos para o mercado de investimentos”, diz Galdi.
Antigamente, ele aponta, a inflação altíssima e a instabilidade da economia não permitiam um planejamento muito grande. “Por isso as pessoas não tinham o costume de poupar e fazer investimentos pensando no futuro. Hoje o País está em um ciclo de crescimento, com baixo nível de desemprego e melhoria de renda da população”, diz.


Diversificar
O estrategista também ressalta a importância de diversificar a carteira entre renda fixa e renda variável. “Quanto mais novo for o investidor, maior pode ser a sua exposição em renda variável. Isto porque, em caso de haver algum problema e suas ações caírem muito, ele terá mais tempo para recuperar o valor investido”, diz.


Segundo Galdi, uma regra bem simples, mas eficaz, pode ser utilizada. Basta subtrair do número 100 a idade do investidor. O resultado é o percentual de exposição em renda variável e o restante fica na renda fixa.

Por exemplo: Se o investidor tiver 20 anos, pode investir 80% em renda variável e 20% em renda fixa. (100-20 = 80). Já se tiver 40 anos, investe 60% em renda variável e 40% em renda fixa.


Diferenças
Para Domingos, a mulher é muito mais precavida do que os homens. “As mulheres geralmente são mais conservadoras. Por isso, quando elas decidem entrar no mercado de ações, se arriscam menos e por isso possuem até mais chances de sucesso”, afirma.


O estrategista da SLW concorda. “As mulheres geralmente se planejam mais e pensam mais no futuro”, diz Galdi.


Dicas
O principal conselho dos especialistas para os jovens e mulheres que pretendem ingressar no mercado de ações é a consciência financeira. “A educação financeira é muito importante. Além disso, é preciso que o investimento esteja atrelado a um sonho, a um objetivo”, diz Domingos.


Segundo ele, quando a aplicação tem um destino certo, o investidor passa a ter mais cuidado antes de correr riscos desnecessários. “Assim, ele evita usar o dinheiro no curto prazo e realizar prejuízo, por exemplo”, diz.

Além disso, para ele, é importante que o investidor procure uma corretora autorizada e opere através dos prórpios corretores. “O homebroker é muito arriscado. O ideal é deixar na mão de quem entende, dos especialistas”, opina.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Qual o valor mínimo para começar a investir na bolsa de valores?

O economista e analista de investimentos do CNPI Leandro Martins dá dicas sobre os valores para se começar a aplicar em ações. Vale muito a pena ouvir.



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Consultor Gustavo Cerbasi dá dicas sobre finanças

Nesse vídeo o Gustavo Cerbasi dá dicas sobre finanças. É bem interessante o conteúdo. Vale a pena assistir.

Aposentadoria: hora de pendurar as chuteiras?

 por Hotmar



Aposentadoria: hora de pendurar as chuteiras?
É um velho e conhecido chavão dizer que, quando alguém está se aposentando, essa pessoa estará “pendurando as chuteiras”. Certamente essa expressão tem origem no futebol, quando se percebe que um jogador já não está mais com o vigor físico suficiente para agüentar toda a carga de trabalho exigida por rotinas de treinamentos, concentração e jogos. Mas será que essa expressão é realmente adequada para todas as pessoas que fazem atividades fora do futebol? Será que a aposentadoria tem a ver, realmente, com inatividade?


Hora de pendurar as chuteiras ou hora de pensar numa segunda carreira?
Certamente não, aposentadoria não é e não pode ser sinônimo de ficar andando pelos quatro cantos da casa atrás de “sujeirinhas”, assistindo à Sessão da Tarde na televisão, de pijamas, jogando dominó na pracinha ou simplesmente caminhando em volta do bairro. E isso por uma razão muito simples: a vida é boa demais para ficarmos gastando nosso tempo com coisas que pouco agregam valor!

Pensando também em termos mais amplos, no sentido de aposentadoria como sinônimo de independência financeira, essa perspectiva ganha dimensões ainda mais importantes, na medida em que: a) as pessoas podem se tornar financeiramente independentes antes da “idade oficial” para aposentadoria; e b) a expectativa de vida aumenta cada vez mais com os avanços da medicina e da tecnologia. Se antes viver até os 90 anos, com boa saúde, parecia uma utopia, hoje essa situação já é uma realidade para muita gente; amanhã será algo muito corriqueiro.
Ou seja, as pessoas terão muito tempo para gastar e estarão: a) com algum dinheiro no bolso – no caso daqueles que se aposentam segundo as regras oficiais do sistema previdenciário; ou b) commuito dinheiro no bolso, no caso daqueles que constroem um plano de independência financeira e conseguem viver independentemente de ajuda estatal. Muito dinheiro no bolso e muito tempo para gastar são condições ideais para pensar numa segunda carreira, ou seja, numa carreira a ser desenvolvida após aquela principal ter cumprido o seu papel.
O mais interessante dessa segunda carreira é a possibilidade concreta de você fazer aquilo que mais gosta, ou seja, de se concentrar intensamente na prática de seus hobbies ou daquilo que gostaria de fazer durante sua vida, mas que, por razões de trabalho, não conseguiu. A grande vantagem de desenvolver uma segunda carreira é exatamente o fato de que você não trabalhará por dinheiro – afinal, sua tranqüilidade financeira já foi alcançada pela aposentadoria.
É bem verdade que muitas pessoas se aposentam e continuam a trabalhar não por opção, mas por obrigação, tendo em vista o baixo valor dos proventos recebidos pelo sistema previdenciário. Porém, isso não descaracteriza a importância de trabalhar numa segunda carreira, uma vez que você terá pelo menos um montante fixo mensal para se sustentar. Ademais, esse é mais um motivo para você trabalhar, durante sua vida produtiva, pela sua independência financeira – uma vez que é extremamente arriscado deixar seu futuro nas mãos do Governo, da empresa, ou mesmo da família.
Você tem que ser responsável pelo seu próprio futuro financeiro. Assuma o controle de seu próprio destino. Por questão de lógica, quem não é independente financeiramente édependente financeiramente, dependente de alguém ou de alguma instituição. Eliminar ou reduzir a dependência é vital para você ter uma vida pós-aposentadoria mais tranquila e lhe permitirá ampliar seu leque de escolhas no futuro.
Dicas para desenvolver uma segunda carreira
E você deve estar se pensando: “Tá, eu gostei da idéia de ter uma atividade proveitosa na aposentadoria, mas como fazê-la funcionar na prática?” Para isso, aqui estão algumas dicas:

  • Identifique suas paixões. O que você gosta de fazer em suas horas livres? Quais são seushobbies? Que tipo de tarefa você faria por satisfação, em vez de fazê-la em troca de dinheiro? Fazer um autoexame é fundamental para definir os rumos que podem ser tomados na aposentadoria;
  • Planeje desde já. Embora você ainda tenha alguns anos até se aposentar, é essencial que você não deixe inteiramente para depois os rumos que irá seguir na nova carreira. Pelo contrário, você já deve ir se programando desde agora, pensando em meios de construir essa nova atividade quando “o momento chegar”. Isso evitará correria e decisões mal executadas;
  • Invista na saúde. De nada adianta você ter um plano bem montado para a sua carreira pós-aposentadoria se sua saúde estiver deteriorada, porque isso lhe impedirá de explorar todas as possibilidades que a nova carreira apresentará. Por isso, lembre-se: cuidar da saúde é financeiramente importante;
  • Aproveite a vida! Lembre-se: a nova carreira deve ser uma opção e não uma obrigação. E, ainda que você se entusiasme com as novas oportunidades, não se estresse tanto quanto como se estivesse no seu emprego atual. Relaxe e aproveite a vida caso a carreira pós-aposentadoria não vá para frente. Pelo menos você tentou. Trate de fazer outras coisas em que sua experiência acumulada de vida possa ser útil na vida de outras pessoas. Tempo você tem; dinheiro você também tem. Portanto, procure fazer coisas que lhe proporcionem prazer e satisfação!
A revista Época Negócios, da Editora Globo, traz na edição de janeiro um especial sobre a transição do emprego principal para o momento pós-carreira, com aposentadoria e trabalho em um “segundo tempo” que pode chegar a 20 anos. Vale a pena dar uma lida.

Livrar-se das dívidas e limpar seu nome com dignidade é possível!

Livrar-se das dívidas e limpar seu nome com dignidade é possível!
Por Conrado Navarro

Meire comenta: “Navarro, depois de algum tempo desempregada e sem renda, finalmente consegui um novo emprego. No entanto, tenho muitas dívidas trazidas da época em que meu padrão de vida era melhor e nosso consumo era mais elevado. Não sei como começar a enfrentar o endividamento de maneira a me livrar dele sem perder qualidade de vida e a alegria de trabalhar. Quero negociar e pagar minhas dívidas, mas estou presa no medo de começar. Pode me ajudar?”

As perspectivas econômicas do país são as melhores possíveis. O ciclo de crescimento e migração social parece ter tomado força. Tomar dinheiro emprestado se tornou atividade corriqueira, simples e sem burocracia. O trabalho formal atingiu números recordes. O índice de confiança, tanto do empresário quanto do consumidor, está lá em cima. Sua vida provavelmente melhorou. A minha também.
O parágrafo anterior representa o retrato de um Brasil melhor, não há como negar, mas que ainda guarda desafios especiais para quem vive suas primeiras oportunidades de lidar com dinheiro e para milhares de famílias que veem, depois de muito esperar, a possibilidade de consumir, comprar supérfluos e também ter acesso ao crédito. O endividamento excessivo ainda atrapalha a vida de muitos brasileiros.
Onde as dívidas começam? Por quê?
Como parte do raciocínio que envolve a avaliação da situação de uma família, é importante levantar uma questão: quem são os verdadeiros responsáveis por tantas e tamanhas dívidas? A necessidade de apontar um culpado costuma diagnosticar protagonistas completamente equivocados: o banco, o lojista, os juros, a facilidade de comprar, o cartão, os filhos, o marido, a esposa. O outro, como bem aborda Bernadette Vilhena no excelente artigo “Escolha o caminho certo: opte pela qualidade de vida”.

Do palácio do comodismo, área também conhecida e apresentada em muitos livros como zona de conforto, apontamos o dedo para todos aqueles que influenciam nossas vidas. O piloto automático transforma o dia a dia em cotidiano, o hábito em falta de atitude, o sujeito em vítima. Vítima da própria ingenuidade ou cara de pau: alguns sequer compreendem como suas decisões são importantes; outros simplesmente fingem que isso não importa. Todos decidem, mesmo quando escolhem não mudar, nem melhorar.
A dívida, portanto, é apenas uma consequência. Um efeito sinistro, pesado da falta de planejamento, do confortável papel de vítima, da incoerência e da falta de bom senso. O endividamento é o retrato daqueles que desejam muito, mas sonham pouco – brasileiros que preferem comprar a construir, consumir a investir e trabalhar a ser livre. Quantos podem bradar o velho bordão “quem não deve, não teme”?
“Algum dia vou enfrentar a situação e sair dessa” é o que costumo ouvir quando pego pesado com a responsabilidade que todos devemos ter com nossas finanças. Algum dia, expressão pobre que para a grande maioria significa nunca. Expressão que evidencia como a mentalidade pobre vê o dinheiro: sem prioridade, como um acessório.
Você conhece a realidade da “corrida dos ratos”, termo criado por Robert Kiyosaki, autor do livro“Pai Rico Pai Pobre”? É simples: você trabalha, faz contas, trabalha mais para pagar as novas contas, a família cresce, sobem as despesas, você trabalha ainda mais, faz novas contas e o ciclo se repete. Você vive correndo para dar conta de tudo, tem a impressão de estar com tudo sob controle, mas no fundo é dependente e está preso ao ciclo. Trata-se do oposto da independência financeira.
Livre-se das dívidas! Hora de se mexer!
Sempre faço questão de frisar que para livrar-se do endividamento é mais importante ter atitude que dinheiro. Assumir a responsabilidade, jogar fora a máscara de vítima e “colocar a mão na massa” farão de você alguém motivado a buscar alternativas para aumentar suas receitas, diminuir suas despesas e renegociar suas dívidas. Experimente:

  • Definir suas prioridades. Quem você ama de verdade? Seus credores, representados por suas incontáveis contas, crediário etc. ou sua família, amigos, seu tempo livre e sua liberdade? Reavaliar o que é importante traz motivação para enfrentar a difícil aventura de sair da zona de conforto;
  • Listar todos os seus compromissos financeiros. Você já sabe qual é o montante devido aos credores? Quais são as dívidas mais caras? Quais são as dívidas que podem ser pagas mais rapidamente, cujo número de parcelas é menor? Ande com essa lista, atualize-a sempre e faça dela sua prioridade;
  • Reorganizar as dívidas de forma inteligente e motivadora. É preciso enfrentar de cabeça erguida o período em que você se abstém de comprar para pagar suas despesas. Você pode pagar as dívidas mais curtas e baratas e logo comemorar a sensação de vitória pela ação alcançada. Organize a lista do item anterior de acordo com suas possibilidades e perfil. Por exemplo, se você gosta de ter sempre algo a comemorar e precisa de motivação, priorize as dívidas mais simples e fáceis de pagar, honre-as e então volte seu esforço para as demais;
  • Renegociar prazos, valores e dívidas. Se você tem dívidas caras, de juros altos, troque-as por dívidas mais baratas. Exemplo: faça um empréstimo pessoal (juros de 5% a.m.) e com esse dinheiro pague a dívida do cartão de crédito (juros de 12% a.m.). Exercite sua nova atitude frente às finanças telefonando e indo até as lojas/agências credoras. Explique a situação, negocie novas parcelas, prazos e demonstre interesse;
  • Fazer alguns sacrifícios. Avalie seu custo de vida em relação às suas receitas. Talvez seja necessário vender alguns pertences, a moto, o carro, itens que você não usa mais e por ai vai. Brechós, sebos, sites de leilão na Internet, são muitas as opções para levar adiante essa ação;
  • Ter mais paciência e investir em qualidade de vida. Lembre-se de suas novas prioridades e procure agir de forma progressiva na condução das negociações e pagamentos. Um novo hábito não se instala da noite para o dia, então procure pensar mais em agir que em evitar aquilo que não agrega valor. Estabeleça mudanças simples, que você sabe ser capaz de colocar em prática;
Dívidas demais, alegria de menos
A verdade por trás do endividamento é cruel: quanto mais posses a família acumula, mais ela quer acumular para impressionar novos e emergentes segmentos da sociedade, parentes e amigos. Não há um limite quando o que se pretende é a inclusão social pelo carro que se dirige ou marca de roupa. O perigo está justamente em ver no consumo razão de competição, quando o importante deveria ser a satisfação. O resultado disso é, via de regra, catastrófico.

O texto foi escrito de forma propositalmente pesada, incisiva, mas está carregado das melhores intenções. O apelo para o consumo, uso excessivo do crédito e ostentação é muito maior que o recado de minhas palavras e deste espaço. Infelizmente. Ainda assim, não desistirei. Para minha alegria, muitos leitores passaram a relatar as mudanças ocorridas em suas vidas depois de colocar em prática a educação financeira.
Dignidade. Responsabilidade. Liberdade. Amor. Solidariedade. Realização. Futuro. Se minhas palavras incutirem em você o espírito da mudança, já me darei por satisfeito. Deixe seus comentários, vamos discutir o tema. Até a próxima.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Aproveite o momento para rever seus objetivos e planos financeiros

Por Ricardo Pereira 
Aproveite o momento para rever seus objetivos e planos financeirosO mês de janeiro já está entrando em sua reta final. O ano começou, passa rápido, mas muitos brasileiros já deixaram de lado as promessas feitas no Ano Novo. Colocar as contas em dia, lembra? Pois é, tem gente que não percebe que já passa da hora de (re)colocar o orçamento em dia e se deixa levar pelo tão mencionado “piloto automático”, pelo “uma hora eu faço isso”.


É verdade que o Brasil atravessou um período de muita bonança, com emprego formal batendo recorde e muito otimismo por parte da população. Mas precisa acomodar? Não confunda minha preocupação com pessimismo: só não gosto de apenas acreditar que tudo continuará “às mil maravilhas”.
O mundo dá voltas e a economia é muito dinâmica. Basta analisar a história recente para vislumbrar essa realidade. O que está bom pode se ficar ruim, a dúvida pode ser a principal moeda de negociação e os fundamentos podem piorar. Tudo isso pode acontecer rápido. Sim, sou cauteloso e gosto de planejar bem. E nada melhor que aproveitar o bom momento presente para construir um futuro mais pleno e feliz.
Comece com uma reserva especial
O primeiro e decisivo passo quando tudo vai bem é justamente trabalhar para formar a sua reserva para as emergências (quando tudo vai mal). A idéia é que ela funcione como um cheque especial - não como os oferecidos pelos bancos que trabalham com juros altíssimos, mas uma reserva que possa ser o porto seguro na hora de apertar o cinto.

Vale lembrar as tão faladas crises são cíclicas, isto é, elas vêm e vão e sempre e afetam a vida das pessoas - para o bem e para o mal. Aqueles com uma reserva podem aproveitar crises para investir em ativos depreciados, pagando muito menos que seu valor real. Oportunidade rara, mas que só aproveita quem tem reserva.
Especialistas sugerem que o fundo de reserva seja composto de ao menos seis vezes o valor de sua renda mensal. Se você puder formar um colchão financeiro maior, digamos de doze meses, melhor ainda. Com sua reserva, você terá a tranquilidade necessária para manter seu padrão de vida e escolher os próximos passos da sua vida com calma, mesmo que o cenário não seja dos melhores.
Aprendi que é importante não ter medo de cortar aquilo que não for fundamental. O planejamento só tem sentido se for capaz de levá-lo à realização de seus sonhos. Onde você quer chegar? É claro que todos queremos viver com conforto e eu não sou diferente de você: busco o melhor para minha família.
Ainda assim, todo ano arrumamos um tempo para analisar nosso oçamento e identificar se não existe nenhum furo ou possibilidade de melhoria. Temos um plano de longo prazo e um objetivo a ser seguido em comum. Esse objetivo está em primeiro lugar e não medimos esforços pra chegar lá.
Chegamos ao desafio de realizar mais com menos, comprar melhor e dessa forma reduzir os custos de forma a não perder a qualidade de vida e o conforto tão duramente conquistado. A primeira ação de 2011 foi justamente renegociar os serviços de internet, TV e telefonia (de novo). Uma conversa de 15 minutos foi suficiente para conseguir um desconto de 20% no ano, algo em torno de R$ 600,00.
Não é um bom começo de ano? Quero que você leitor possa embarcar no mesmo desafio, respeitando o seu planejamento e, principalmente, o seu padrão de vida. Para alcançar seus objetivos não se pode ter medo de cortar o que não é indispensável; e é importante ter uma reserva que lhe dê tranquilidade nas horas do aperto. Concorda?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tesouro Direto: como investir, rentabilidade, vantagens e características

Por Conrado Navarro

Marta comenta: “Navarro, recentemente li uma reportagem sobre o investimento em títulos públicos e fiquei curiosa sobre a realidade deste investimento, se ele é interessante e como faço para começar a investir. O Tesouro Direto é um investimento voltado para que perfil de investidor? Qualquer um pode investir em títulos? Qual o valor inicial do investimento? Como funcionam as rentabilidades? Obrigada pelo apoio”.


Foi realizada ontem, dia 19/01/2011, a primeira reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) sob o comando de Alexandre Tombini, presidente do Banco Central e integrante do governo da presidenta Dilma Rousseff. Na ocasião, decidiu-se por elevar a Taxa Selic (taxa básica de juros da economia brasileira) em 0,5%, passando de 10,75% para 11,25%, maior patamar desde março de 2009.

A Taxa Selic é utilizada como um índice balizador para operações financeiras entre bancos e entre governo e investidores[bb]. Assim, seu aumento faz subir também a rentabilidade geral de produtos de renda fixa, entre eles os títulos públicos federais que compõem o chamado Tesouro Direto. O texto de hoje pretende explicar melhor o que são títulos públicos federais, suas alternativas de investimento, detalhes de operação (compra e venda) e expectativas para o ano de 2011.

O que são títulos públicos federais?

Títulos públicos são ativos de renda fixa cujo objetivo é viabilizar a captação de recursos para: a) financiar o déficit orçamentário; b) refinanciar a dívida pública; e c) realizar operações para fins específicos, definidos em lei. A emissão dos títulos envolve duas autoridades econômicas brasileiras:

  • Tesouro Nacional, responsável pela gestão da dívida pública federal (interna ou externa), que emite os títulos em caráter de Política Fiscal. Você pode entender melhor o tema clicando aqui;
  • Banco Central (BC), responsável por operar os títulos públicos federais, que faz a compra e/ou venda dos títulos no mercado secundário como parte da Política Monetária. Você pode entender melhor o tema clicando aqui.
Como são feitas as emissões?

Os títulos são emitidos através de três formas:

  • Emissões diretas para finalidades específicas definidas em lei, normalmente usadas com objetivos de securitização de dívidas, renegociação de dívidas com Estados e Municípios e nos chamados Programas Especiais (FIES, por exemplo);
  • Ofertas públicas voltadas para instituições financeiras (leilões), onde os participantes propõem até cinco ofertas para cada um dos títulos oferecidos. Neste caso, não é o Tesouro Nacional que determina o preço do título, como no Tesouro Direto;
  • Ofertas públicas para pessoas físicas (Tesouro Direto), em sistema de venda direta com o apoio da CBLC (Casa Brasileira de Liquidação e Custódia).
Qual o montante mínimo em Reais necessário para investir no Tesouro Direto?

Não existe um valor financeiro mínimo, mas sim uma quantidade mínima de títulos: 0,2 título. Ou seja, você pode comprar a fração de um título. Em termos financeiros, essa fração corresponde a cerca de R$ 180,00. Saiba que também existe um valor máximo: R$ 400 mil por mês. Experimente acessar o simulador de operações com títulos públicos disponibilizado pelo Tesouro.


Qual o risco envolvido no investimento em títulos públicos?
A compra de um título público significa, usando palavras simples, emprestar dinheiro para o governo. A chance do país quebrar ou decretar um calote é remota, o que faz do Tesouro Direto um dos insvestimentos[bb] conservadores de menor risco existentes hoje em dia. Mas é importante conhecer bem os riscos em suas outras formas:

  • Risco de crédito: possibilidade de o governo dar um calote na dívida interna, ou seja, nos títulos públicos comprados através do Tesouro Direto. Tal possibilidade existe, mas é difícil de ocorrer no cenário econômico atual, conquistado depois de muito esforço;
  • Risco de liquidez: risco de tentar vender o título antes do vencimento e não haver compradores. Na prática, esse risco não existe, pois o governo recompra semanalmente os títulos a preço de mercado. Ele não tem obrigação de recomprá-los, mas o faz;
  • Risco operacional: possibilidades de fraudes nos sistemas de negociação dos Agentes de Custódia e/ou CBLC. Ainda que exista essa possibilidade, todas as transações são registradas (depósito, compra, venda) mediante exigência federal, o que praticamente anula essa chance;
  • Risco de mercado: Está relacionado à possibilidade de o investidor ter um retorno baixo ou mesmo perder parte do capital investido por conta das variações de preços dos títulos até sua data de vencimento. É o risco que mais chama atenção do investidor, mas não difere muito das aplicações conservadoras existentes no mercado.
Quais os títulos públicos disponíveis e suas características?

São quatro as modalidades de título disponíveis e seus tipos variam de acordo com o perfil do investidor e tempo de investimento (curto e médio prazo). Para aplicações de curto prazo, estão disponíveis as Letras do Tesouro, nas opções LFT (Letra Fiananceira do Tesouro) e LTN (Letra do Tesouro Nacional). Para o médio prazo estão disponíveis a NTN-B (Nota do Tesouro Nacional série B) e NTN-F (Nota do Tesouro Nacional série F).

O site do Tesouro Direto mantém uma tabela atualizada com as rentabilidades de cada um dos títulos. As características são:
  • Letra Financeira do Tesouro (LFT): É um título com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia (Taxa Selic). O resgate do principal e dos juros ocorre no vencimento do título. Indicada para investidores de perfil mais conservador, requer atenção à flutuação da Taxa Selic;
  • Letra do Tesouro Nacional (LTN): É um título com rentabilidade definida no momento da compra, com o resgate do valor do título na data do vencimento do mesmo. Cada título é adquirido com deságio e possui o valor de resgate de R$ 1.000,00, no vencimento. Indicada para investidores de perfil menos conservador que acredita que a taxa prefixada será maior que a Taxa Selic praticada nos meses e anos seguintes. Atenção ao rendimento, que é nominal, isto é, o investidor pode ter rentabilidade líquida bastante baixa (até negativa) se a inflação subir demais;
  • Nota do Tesouro Nacional - série B (NTN-B): É um título com a rentabilidade vinculada à variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento dos juros é semestral e o resgate do valor nominal atualizado ocorre na data de vencimento do título. Indicada para investidores de perfil conservador, já que garante rentabilidade real e possibilidade de fluxo de rendimentos periódicos (cupons semestrais). Título bastante recomendado para aposentadoria e objetivos de médio prazo;
  • Nota do Tesouro Nacional - série F (NTN-F): É um título com a rentabilidade definida, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento dos juros é semestral e o resgate do principal ocorre na data de vencimento do título. Indicada para investidores de perfil menos conservador, pois traz rentabilidade nominal (podendo ser baixa ou negativa em caso de alta da inflação). Não tem sido emitida recentemente.
Quais são os custos/taxas envolvidos no investimento em títulos públicos?

A CBLC cobra taxa de custódia de 0,4% ao ano sobre o valor de compra, referente aos serviços de guarda dos títulos, saldos e movimentação dos investidores. Além disso, há uma taxa cobrada pelo Agente de Custódia (o banco ou corretora que você escolheu para o cadastro) que varia de 0% a 4,5% ao ano. A média é de 0,3% ao ano.


Logo, aplicando diretamente nos títulos públicos federais você terá um custo médio de 0,7% ao ano, percentual muito menor que a taxa de administração comumente cobrada em fundos de renda fixa conservadores (cuja carteira é composta majoritariamente de títulos públicos). O site do Tesouro Direto mantém uma seção atualizada com o ranking dos Agentes de Custódia, onde você pode conhecer a taxa cobrada por cada um deles.

Como investir em títulos públicos federais através do Tesouro Direto?

As dúvidas sobre como começar a negociar títulos públicos são recorrentes e vou tentar abordar o básico das operações através de explicações objetivas, porém completas. Cabe ressaltar que a página do Tesouro Direto – www.tesourodireto.gov.br – apresenta excelentes explicações ilustradas sobre como começar a negociar, além de um tutorial usando animações que é autoexplicativo.


O primeiro passo deve ser a realização de seu cadastro de investidor junto ao chamado Agente de Custódia, que pode ser o banco em que você tem conta ou uma corretora de valores. Note que este cadastro é diferente do simples cadastro de correntista para o caso dos bancos de varejo, ou seja, você precisará entrar em contato com seu gerente de relacionamento e pedir o cadastro como investidor para negociar títulos públicos. Se não sabe se o seu banco ou corretora é um Agente de Custódia registrado, acesse a lista completa com os nomes de todos eles.

Depois de realizado o cadastro, você receberá uma senha por e-mail. Esta senha será associada ao seu CPF. Com as informações de cadastro, você deve acessar a página de login do sistema de compra e venda de títulos – https://seguro.cblc.com.br/tesourodireto/ - e entrar no sistema com seu CPF e senha. Há casos de sistemas integrados do Agente de Custódia (normalmente corretoras) em que você realiza a compra e venda diretamente no sistema da instituição;

A operação a partir do sistema é bastante simples, bastando você digitar o código do Agente de Custódia e então escolher, dentre os títulos disponíveis, aquele no qual você quer investir. A partir de então você verá a tela de apuração do valor para compra do título escolhido. Ali constam o preço do título e alguns campos para facilitar sua operação. Se você quer investir R$ 500,00, basta digitar este valor no campo “Valor Total” e apertar o botão “Calcular Quantidade”. Se preferir comprar digitando a quantidade de títulos, use a opção “Calcular Total”.

Atenção para o dinheiro disponível para a compra dos títulos. Depois de selecionada e concluída a operação de compra é impossível cancelar a operação e voltar atrás. O débito do valor correspondente à compra é realizado no dia útil seguinte à operação (D+1) na conta que você informou no cadastro junto ao Agente de Custódia. Tenha em mente que se não possuir os recursos mediante essa regra, seu cadastro será suspenso por trinta dias. Em caso de reincidência, a punição passa a ser seis meses de suspensão.Uma segunda reincidência causará três anos de suspensão.

O processo de venda ocorre de forma semelhante ao da compra. Você escolhe o Agente de Custódia, escolhe o título que deseja vender e define o montante da venda (se todos os títulos ou parte). A venda antecipada dos títulos no site do Tesouro Direto é processada entre 9h da quarta-feira (Dia 0) e 17h da quinta-feira (Dia 1), semanalmente.

Você pode consultar o passo a passo das operações de compra e venda disponível no site do Tesouro Direto e acompanhar as telas do sistema de negociação, além de exemplos práticos de títulos e negociações de acordo com o perfil do investidor. Além disso, consulte também o seu banco e/ou corretora de uso frequente para entender melhor que tipo de informações você precisa passar para iniciar seus investimentos em títulos públicos.

E a tributação ? Imposto de Renda?

A regra é a mesma usada nos fundos de renda fixa. A lei 11.033, de 21 de dezembro de 2004, diz que as alíquotas são de:
  • I - 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de até 180 (cento e oitenta) dias;
  • II - 20% (vinte por cento), em aplicações com prazo de 181 (cento e oitenta e um) dias até 360 (trezentos e sessenta) dias;
  • III - 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de 361 (trezentos e sessenta e um) dias até 720 (setecentos e vinte) dias;
  • IV - 15% (quinze por cento), em aplicações com prazo acima de 720 (setecentos e vinte) dias.
Espero que o texto tenha sido claro o suficiente sobre o potencial, vantagens e características do investimento em títulos públicos através do Tesouro Direto. Trata-se de uma forma segura, conservadora, inteligente e muito rentável de proteger seu capital e investir seu dinheiro.