Quem sou eu

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Economista pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Possui cursos de extensão pela Fundação Getúlio Vargas em Fundamentos de Estatística Descritiva e Probabilidade, Gestão de Preços, Consultoria em Investimentos Financeiros, Balanced Scorecard, Finanças Empresariais, Introdução ao Mercado de Ações a Vista, Administração Financeira / Decisões sobre Investimentos e Financiamentos, Direito Bancário, Gestão de Crédito e Risco, Direito do Seguro e Resseguro, Gestão Estratégica em Negócios Bancários, Teoria Econômica do Setor Público, Contabilidade Financeira, Projetos de Investimento Social e Série Estratégica em Finanças. Possui Certificação pela Associação Nacional dos Bancos de Investimentos CPA 10 e CPA 20. É Agente Autônomo de Investimentos credenciado pela Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM), certificado pela Associação Nacional das Corretoras e distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord). E-MAIL: daguiarsilva@uol.com.br

sexta-feira, 18 de março de 2011

Ações da Vale valorizaram-se 1.691,87% desde 2000


Por Daniel Aguiar

As ações preferenciais da Companhia Vale do Rio Doce (VALE5) apresentaram um expressivo resultado em 10 anos de análise. Desde 03 de janeiro 2000 até ontem, 17 de março, os papéis da companhia apresentaram um desempenho de 1.691,867%, o que significa dizer que quem tivesse aplicado naquela data um valor de R$ 10.000,00, estaria em média com um valor em ações da empresa de R$ 179.186,70.

Ao mesmo tempo em que isso ocorreu, se se considerar a poupança, esta teve um retorno de 147,0927%, o que significa dizer que a pessoa que aplicou R$ 10.000,00 na poupança em 03 de janeiro de 2000 finalizou com um valor total de 10.000,00 na poupança em 03 de janeiro de 2000 finalizou com um valor total de R$ 24.709,27, sete vezes menos do que aquele que aplicou na Vale do Rio Doce.

Com as considerações acima, ratifica-se aquela informação que pode ter virado jargão no mercado financeiro: “Aplicação em ações é investimento de longo prazo”, portanto, se você tem um capital e necessitará do mesmo no ano que vem, não se iluda com retornos passados de ações de algumas empresas. Há alternativas melhores. 

Se seu planejamento é de longo prazo, satisfaça-se apenas com o título desse texto.

terça-feira, 15 de março de 2011

Como comprar dólares para viajar para o exterior?

* Publicado originalmente em Dezembro de 2010

Por Rafael Seabra


Final de ano chegando, muitas pessoas fazendo planos para viajar ao exterior e o dólar caindo. O que para exportadores e investidores estrangeiros é um pesadelo, o baixo valor do dólar é um presente de Natal para importadores e turistas que planejam viajar para o exterior.


O intuito deste artigo é discutir quatro formas de utilizar dólar no exterior, pesando as vantagens e desvantagens de cada um. Discutirei o que é necessário saber para optar entre compram cédulas, traveller check ou utilizar o cartão de débito ou de crédito.


Dinheiro em espécie


Essa é, sem dúvidas, a forma mais utilizada pelos turistas quando viajam. O receio das demais formas não serem aceitas faz com que a maioria das pessoas opte por levar boa parte do dinheiro para viajar em cédulas de papel.


A grande vantagem é ser aceito em qualquer canto, principalmente em pequenos pagamentos (como táxis, por exemplo). Por esse motivo, é altamente recomendado levar pelo menos uma parte em "dinheiro vivo".


A maior desvantagem, por outro lado, é a insegurança. Caso a pessoa perca ou seja roubada, não há como recuperar esse capital perdido. Por isso, é importante conhecer e optar também pelas outras formas de transportar o dinheiro, tais como travaller check, cartão de débito e cartão de crédito.


Traveller checks


Os travellers checks ou cheques de viagem ainda são bastante conhecidos e seguros, pois contam com seguro contra roubo, perda ou extravio que permite o reembolso ao turista em até 24 horas. No entanto, perdem em praticidade para os cartões.


As vantagens desses cheques estão na segurança, aceitabilidade e a possibilidade de receber troco! Pouca gente sabe, mas muitos estabelecimentos concedem troco para traveller checks. A Mc Donalds é um exemplo.


A desvantagem é que o cheque não tem a mesma praticidade dos cartões de débito e de crédito, além de eventual obrigação de gastar todo seu valor, caso o estabelecimento se recuse (apesar de ser difícil) a dar troco.


Cartões de débito


O cartão de débito para viagem ainda não é muito conhecido do público, mas vem se popularizando com grande velocidade. Operado pela Visa (Visa TravelMoney), o cartão permite que a pessoa estipule o gasto que pretende ter, carregue o cartão e depois vá sacando os valores conforme a necessidade ou simplesmente utilizando diretamente, como um cartão de débito comum.

O cartão pode ser carregado em dólares, euros ou libras.


Se as despesas forem pagas diretamente no cartão, não há cobrança de taxas, mas para cada saque efetuado o turista irá desembolsar £ 1,70, US$ 2,50 ou € 2,50, dependendo da moeda na qual o cartão foi carregado.


Essa modalidade apresenta diversas vantagens, tais como a possibilidade de ser carregado em diversas moedas, não correr riscos por conta de variações cambiais e tem a possibilidade de ser recarregado à distância e a qualquer momento. Além disso tudo, o valor do dólar para compra de créditos geralmente é mais barato que a compra de dólar em espécie.


As desvantagens são as taxas que incidem sobre o saque (assim como em cartões de crédito) e se o dinheiro acabar antes do tempo, é necessário que algum parente ou amigo faça a recarga para você no Brasil.


Cartões de crédito


O cartão de crédito é um meio de pagamento bem mais utilizado, mas que embute um custo maior para o viajante em relação ao cartão de débito ou à compra de moeda ou travellers checks.


É que as operações com cartão de crédito são tributadas com uma alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 2,38%, enquanto a compra de dólar, traveller check ou saques pelo cartão de débito pagam 0,38%.


Ainda assim, o cartão de crédito tem muitas vantagens, tais como a praticidade, segurança e possibilidade de conseguir um câmbio menor quando for pagar a fatura, caso dólar caia.

Fora que o câmbio utilizado pelas operadoras de cartões são menores que os câmbios utilizados pelas casas de câmbio, quando da venda nas demais modalidades.


Como desvantagens, além do já citado IOF, a impossibilidade do turista pode escolher o valor do dólar que vai pagar, já que a conversão do câmbio é feita na data de pagamento do cartão.

Dependendo da tendência da moeda, pode ser bom ou ruim. Mas para quem não quer correr esse risco, o cartão de crédito não é a melhor opção.


Conclusão


Na minha opinião, as melhores opções são dinheiro em espécie, cartão de débito e cartão de crédito apenas como reserva de segurança.

Vou viajar no começo do próximo ano e a estratégia que adotei, me aproveitando da queda do dólar, foi comprar uma pequena parte em espécie, carregar o cartão de débito com um montante que considero suficiente para cobrir os custos básicos da viagem e levar o cartão de crédito apenas para emergências e compras excepcionais.


Pesquisei bastante sobre esse assunto nos últimos dias e fiquei surpreso com as vantagens da utilização do cartão "pré-pago" da Visa. Ele é muito seguro, fácil de manter o controle dos gastos (quando acaba, acabo mesmo, sem direito a limite adicional) e ainda oferece uma taxa de câmbio mais barata que o dinheiro em espécie.

Economize combustível

Por Beto Veiga

Economia de verdade começa em casa, na redução de pequenos gastos que somados podem representar uma grande parcela do seu orçamento doméstico mensal. O orçamento doméstico é a principal fonte de despesa de uma família, isso porque ela compreende as maiores despesas que afetam diretamente as finanças pessoais, como: água, energia elétrica, telefone, internet, combustível e etc…


Uma administração consciente dos recursos domésticos pode proporcionar muitos benefícios, ajudando você a poupar dinheiro e contribuir para a sua independência financeira, fazendo com que você gaste muito menos do que ganha.
Confira a seguir as dicas para economizar combustível e ajudar o seu bolso:

Você é do tipo "Pé Pesado"?


 - Maneire na aceleração, pois quanto mais você acelera maior será o consumo de combustível do seu veículo, aumentando assim o seu gasto com combustível.


"Ponto Morto" é sinônimo de economia?


O famoso e tão falado "ponto morto" ou "banguela" diferentemente do que muita gente pensa não economiza em nada no consumo de combustível, pelo contrário, o veículo continua gastando combustível, pois está em marcha lenta, claro bem menos que o normal quando em aceleração.

Na maioria dos veículos o processo funciona assim: quando o veículo está engrenado e em aceleração o motor está em funcionamento e por isso consome combustível, porém quando mesmo engrenado, mas sem aceleração, o sistema de injeção eletrônica corta o combustível por completo. Então lá vai a dica - em uma ladeira ou declive desça engrenado, mas sem acelerar e "ponto morto" nunca mais!


Troque a marcha no tempo certo!

Um estudo realizado no Centro Tecnológico de Minas Gerais mostrou que andar na marcha errada eleva o consumo de combustível em até 30% do normal, um percentual muito alto que podemos ganhar apenas trocando as marchas no tempo certo.

Consulte o manual do seu veículo e verifique as instruções quanto ao consumo de combustível, bem como demais informações quanto à potência do veículo.


Assim como a bebida alcoólica, use o ar-condicionado com moderação.


Nada de deixar o ar-condicionado "torando" (ligado na última temperatura), estudos mostram que mantê-lo em temperatura média pode reduzir em até 20% o consumo de combustível do que se deixá-lo sempre na máxima. Verifique se o ar-condicionado de seu veículo possui opção de regulagem de temperatura média ou constante.


Veículos Flex: álcool ou gasolina?


Quando for abastecer seu veículo não fique com vergonha ou sem jeito de calcular o preço do combustível, faça as contas e decida pela opção mais econômica. Faça testes e acompanhamentos regulares quanto ao consumo de combustível do seu veículo, muitos veículos rendem mais com gasolina e outros rendem melhor com álcool. Como regra geral recomendamos o seguinte cálculo:
Cons_comb
E caso o resultado seja menor que 70, compensa abastecer com álcool, se o resultado for maior que 70, compensa abastecer com gasolina, e caso o resultado seja igual a 70? - Tanto faz álcool ou gasolina.

Agora ficou muito mais fácil economizar no consumo de combustível, não se esqueça que a verdadeira economia começa em casa e que os pequenos gastos podem se tornar muito maior no final do mês.

DISPONÍVEL EM: http://www.controlefinanceiropessoal.com.br/controlefinanceiro/ARTIGO-CONTROLE-FINANCEIRO-PESSOAL-487-ECONOMIZE+COMBUSTIVEL.htm


 

Alternativas para gastar menos com automóvel

Por Rafael Seabra
Quem vive em cidades grandes sabe: enfrentar o trânsito em horários de pico é uma tarefa árdua e demasiadamente estressante. Muitas cidades estão caminhando para um colapso. Leva-se mais de uma hora para fazer trajetos curtos e não há perspectivas de melhorias no curto prazo. Além disso, encontrar vagas para estacionamento também não é tarefa fácil (nem barata).

Uma boa alternativa seriam os transportes públicos, mas eles não funcionam satisfatoriamente em boa parte das cidades. Quantidade insuficiente de ônibus, ausência de linhas de metrô e falta de estrutura para utilizar bicicletas são apenas alguns dos diversos problemas.

Conheci então duas alternativas que, se não resolvem esses problemas, são boas opções para: (1) melhorar a qualidade de vida de quem precisa de locomover, (2) gastar menos e (3) diminuir a emissão de poluentes. Essas alternativas são os carros compartilhados e os grupos de carona.

Carros compartilhados

A utilização deste meio de transporte permite aos usuários ter um carro à disposição quando precisar e realizar o pagamento por hora, sem arcar com as despesas fixas de um veículo.

Diferentemente do aluguel de veículos, no compartilhamento de carros, os valores de utilização dos veículos incluem combustível, seguro e manutenção, sendo uma alternativa economicamente viável ao aluguel e mesmo ao táxi para médias e curtas distâncias.

O objetivo é atender à população da cidade que precisa do carro para uma reunião, ir ao médico, entre outros, e não ao turista, como ocorre no aluguel. Muitas pessoas, sobretudo pessoas mais idosas, mantem um carro apenas para ir ao médico ou à missa, por exemplo, quando poderiam utilizar táxis ou mesmo um carro compartilhado.

Preços e planos

Dei uma olhada no site da
Zazcar, a primeira empresa da América Latina de carsharing (compartilhamento de carros), e eles sugerem planos baseados na expectativa de utilização mensal: uma, duas a quatro ou mais de quatro vezes.

A depender da utilização, o cliente paga mais caro ou mais barato pela hora utilizada. Quanto mais usar, mais barata a hora. Para saber mais, recomendo uma rápida olhada nos planos oferecidos pela empresa.

Para ter acesso ao carro, os clientes associados recebem um cartão que destrava os veículos diretamente nos estacionamentos - em São Paulo, são nove pontos -, sendo necessária uma reserva por telefone ou internet antes.

Além disso, antes de sair com o carro, por meio de um computador de bordo, o usuário deve responder a algumas perguntas sobre o estado do veículo e dizer quanto tempo pretende ficar com o carro. Em caso de atraso na devolução, é cobrada multa de R$ 12,50 a cada 15 minutos mais o valor da hora, conforme o plano.

Grupos de carona

Ainda no sentido de economizar e ajudar o meio ambiente, os grupos de carona também são opções nas grandes cidades. Uma alternativa é o portal
Carona Brasil, criado para que pessoas compartilhem suas jornadas de carro e encontrem caronas.

Além disso, os idealizadores do projeto, Edgard Riyad Azzam e Fernando Doria De Bellis, apostam na criação de redes de carona dentro de organizações para diminuir em até 20% o número de carros que chegam e partem de um mesmo ponto diariamente.

O site também possui uma calculadora ecológica, que calcula a economia mensal de combustível de cada usuário, quanto de CO2 está deixando de emitir e o equivalente em árvores. Caso uma organização implante o sistema, o portal pode calcular o total economizado por todos os usuários do grupo.


Como se cadastrar


Quem quiser participar do Carona Brasil pode fazer o cadastro gratuitamente e adicionar os seus destinos on-line, pesquisar por caronas oferecidas e compartilhar viagens com outros membros abertamente ou por meio de uma rede criada pela empresa onde trabalha, faculdade ou condomínio.

O Carona Brasil informa que cada membro é responsável por sua segurança. Contudo, recomenda que os membros evitem fornecer o endereço antes de conhecer a companhia, marquem encontros em lugares públicos, mantenham amigos e familiares informados sobre com quem estão viajando, data, horário e local, e tomem a iniciativa de mostrar documento, tanto para quem dá, como para quem vai pegar a carona, e carteira de habilitação, no caso do motorista.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Como gastar menos, pagar dívidas, acumular patrimônio e ficar rico?

Publicado por Conrado Navarro


Abordar o tema finanças pessoais em um site é um desafio. Tratar o dinheiro como um assunto cotidiano gera expectativas muito diferentes nos leitores, o que eleva a responsabilidade sobre o material aqui publicado. Relacionar uma vida mais plena, feliz e de mais qualidade ao cuidado com as finanças familiares requer habilidade (e coragem) para mexer com significados enraizados e hábitos antigos.
O mais interessante, no entanto, é que o aprendizado relacionado ao planejamento financeiro se dá muito mais pelas reflexões impostas por textos e artigos provocativos (menos evidentes) que pelas respostas ou “receitas” (até certo ponto inevitáveis e muito utilizadas como exemplos).
O fato é que o conhecimento tácito e a experiência relacionada ao dinheiro são marcantes, mas suas lições parecem ser perenes diante do apelo pelo consumo. O futuro fica representado pelo pensamento, enquanto o presente ressalta a emoção. A educação financeira ainda é tema restrito, infelizmente!
Dinheiro é tão óbvio...
A bota notícia, no entanto, é que de dinheiro todo mundo entende. Você já sabe que é mais importante gastar menos do que ganha. Estabelecer um padrão de vida confortável, mas também inteligente, significa consumir com mais consciência.

Você sabe que não confiar tanto nas compras como remédio para a depressão e tratar do assunto com mais naturalidade entre amigos e familiares podem dar resultados mais duradouros. É bem fácil entender que construir patrimônio também significa adiar o consumo.
Você também já sabe que é importante economizar sempre que possível, bem como negociar muito bem o que se compra. Exercer seu papel de consumidor é um direito. Apesar de pouco valorizados, temos competentes órgãos de defesa do consumidor.
Você concorda que pedir descontos, barganhar por melhores preços e condições comerciais, exigir o tratamento adequado em uma negociação e ter tempo/apoio para ler/assinar um contrato são premissas básicas de uma transação honesta. Respeitar o suado dinheiro do trabalho é ser adulto o suficiente.
Você entende que o melhor preço não é aquele anunciado na vitrine, mas sim aquele montante que você concorda em pagar depois de uma boa negociação. Seria ingenuidade demais acreditar que "palavra de vendedor" possa representar "a melhor compra".
E você também crê que deve poupar e investir parte de suas receitas para evitar surpresas e também planejar o futuro. Ora, tenho certeza que você já pensou em um dia fazer uma reserva de emergência, colocar seu dinheiro para trabalhar para você, abrir o negócio próprio ou separar mais dinheiro para a poupança familiar. Certo?
Dinheiro, pois...
As questões financeiras são, portanto, óbvias. É provável que tenha sido sempre assim. O que é bom. E ruim. Bom porque dinheiro é assunto corriqueiro, é ferramenta que circula, é assunto em qualquer lugar. Ruim porque de tão presente, se faz misterioso, secreto e é usado como meio de diferenciação.

Ainda assim, dinheiro continua sendo dinheiro. Continua passando nas suas mãos diariamente, caindo na sua conta ou desaparecendo nas compras realizadas no shopping. Logo, as “receitas” e dicas sobre finanças você conhece bem. O que falta para colocá-las em prática? Compromisso? Disciplina? Objetivos realmente importantes? Apoio familiar? Mudança de atitude?
A pergunta usada no título é propositalmente apelativa. Como gastar menos, pagar dívidas, acumular patrimônio e ficar rico? Agindo. Fazendo. Ficando. Realizando. Qualquer verbo capaz de denotar movimento, esforço, dedicação, disciplina ou atitude responde à pergunta. Porque, de verdade, a resposta para ela você já sabe.
A pergunta, repare, é mais importante que a resposta. Lembre-se: é preciso provocar sensações para despertar ações capazes de buscá-las. O resto é óbvio. Agora que o Carnaval ficou para trás, quem sabe não "começa seu ano" e coloca em prática tudo aquilo que está cansado de saber (e ler por aqui e por ai)? Pois é. Vamos começar?

sexta-feira, 11 de março de 2011

Como declarar, calcular e pagar o Imposto de Renda de Ações e Bolsa de Valores

Publicado por Frederico Skwara em 11.3.2011


Como declarar, calcular e pagar o Imposto de Renda de Ações e Bolsa de Valores
Se pagar o imposto de renda já é uma dor de cabeça ao investidor, calcular quanto deve ser pago é um problema ainda maior. Basicamente, em todas as operações no mercado à vista, chamadas aqui de operações normais, você deve pagar 15% sobre o lucro. Já as operações daytrade, onde é feita uma compra e venda no mesmo dia, são tributadas em 20%. Vale lembrar que, do ponto de vista do imposto, também são consideradas daytrade as operações em que primeiro foi feita uma venda e depois a compra do mesmo ativo.

Calculando o Imposto de Renda de operações Daytrade na bolsa de valores

No primeiro momento do cálculo, o investidor deve então separar os dois tipos de operação. Todo o cálculo de preço médio e prejuízos acumulados deve ser separado. Partindo inicialmente das operações daytrade, o investidor deve verificar se houve lucro ou prejuízo na operação. Caso haja prejuízo, anote e guarde o valor, pois, nos meses seguintes em que houver lucro, você poderá descontar o valor perdido no passado. Mas lembra-se que somente com o mesmo tipo de operação, ou seja, normal com normal e daytrade com daytrade.

Caso haja lucro na operação daytrade, o investidor deverá pagar 20% para a Receita, descontado as taxas e corretagem pagas. No dia da operação, a corretora já é responsável por reter 1% do lucro. Assim, você deve pagar os 19% excedentes à Receita.
Calculando o Imposto de Renda em operações normais na bolsa de valores

Já nas operações normais, o investidor conta com um incentivo: a isenção do pagamento de imposto de renda nos meses em que o valor das vendas for abaixo de R$ 20 mil. Assim, o próximo valor a ser calculado na hora do pagamento é o total de ações vendidas. Caso tenha vendido menos de R$20mil no mês, você poderá desconsiderar o valor do IR a ser pago. Caso fique acima, o pagamento será de 15% do lucro, descontado as taxas e corretagem pagas.

No caso das operações normais, as corretoras já retém uma parcela, de 0,005% do valor das vendas, caso o total no mês passe do R$ 20 mil. Assim, a partir do dia do mês em que você vender mais de R$ 20 mil, a corretora passará a reter essa porcentagem. Isso é uma forma de sinalizar para a Receita que você deve pagar o imposto - a não ser que tenha tido prejuízo.
Para o caso de ter havido prejuízo, você deve anotar o valor, como feito nas operações daytrade, para que possa, nos meses seguintes, descontar o prejuízo anterior do seu lucro, reduzindo a base para o cálculo do Imposto de Renda devido.
Como lidar com bonificações, desdobramentos e dividendos?

Outra dúvida comum de investidores é sobre o que fazer com bonificações de ações. Para a Receita, você deve incluir as mesmas no seu estoque, com o custo de aquisição zero. Assim, se tinha um estoque de 100 ações compradas a R$ 10,00 e recebeu uma bonificação de 10 ações, seu novo estoque será de 110 ações e o preço médio R$9,09 (Custo de aquisição das ações, R$ 1000,00, dividido pela nova quantidade em estoque, 110 ações). Se tiver dúvidas em como chegar nesse valor, experimente fazer uma simulação no Excel.

Para desdobramentos, vale a mesma coisa. Por esse motivo, seu preço médio sempre será multiplicado pelo fator inverso do desdobramento ocorrido. Se uma ação desdobrou de 1 para 3 ações, seu preço médio será dividido por 3. Pare um pouco e pense no motivo para isso, caso não tenha ficado claro.
Já no caso de dividendos, o imposto não precisa ser pago porque o valor já representa o lucro líquido da empresa pagadora. Assim, não faria sentido você pagar algo sobre o lucro da empresa se ela já o fez. No caso de Juros sobre capital próprio, o IR é retido na fonte no momento do pagamento, logo você não precisará pagar o imposto novamente.
Recolhendo o Imposto de Renda de operações no mercado de ações e bolsa de valores

Todo esse processo deve ser feito mensalmente, já que o imposto deve ser pago sempre até o último dia útil do mês seguinte ao de sua apuração. Assim, o imposto das operações em janeiro deve ser pago até o último dia de fevereiro e assim por diante. Há alguns programas que auxiliam o investidor com a apuração: a Calculadora de IR do portal Bússola do Investidor, por exemplo, faz todos os cálculos necessários e emite a DARF pronta para ser paga.

Dúvidas mais comuns sobre Imposto de Renda de investimentos em ações
O limite de isenção de R$ 20.000,00 é considerando o lucro mensal?

R: Não, o limite de isenção de R$ 20.000,00 é baseado no total de vendas feitas naquele mês. Dessa forma, se você vendeu R$ 22.000,00 em fevereiro, precisará pagar os 15% de imposto sobre o lucro do mês, qualquer que seja o valor do mesmo.

Caso tenha prejuízo num mês, posso utilizar o mesmo para compensar lucros futuros?

R: Sim, o prejuízo de um mês pode ser usado para reduzir o valor do lucro dos meses subsequentes, sem prescrição de validade. Dessa forma, um prejuízo de 2008, por exemplo, poderia reduzir a sua base de tributação de 2011.

Qual data devo usar para a apuração do Imposto de Renda? A de execução das operações ou a liquidação?

R: Embora a Bovespa ainda recomende em seu website que deva ser utilizada a data de execução das operações, a Receita esclarece, por meio da Instrução Normativa 1022, que deve ser utilizada a data de liquidação das operações para o cálculo do imposto devido.

Posso descontar o valor da corretagem do meu lucro?

R: Sim, o investidor pode e deve calcular todos os custos necessários para a realização de cada operação e utilizar os mesmos para reduzir o preço médio de suas ações, de forma a reduzir a base de tributação e consequentemente o imposto a ser pago.

O que acontece se não pagar o imposto mensalmente?

R: Para evitar uma autuação da Receita, que pode ser feita num prazo de até cinco anos retroativos, o investidor deve pagar mensalmente seu imposto devido. Caso tenha pagamentos em atraso, pode acessar o site da Receita para calcular o valor atualizado da DARF, com multa e juros.


quinta-feira, 10 de março de 2011

Mesmo associada a risco, renda variável pode ser usada para realizar sonhos

Por: Flávia Furlan Nunes
04/03/11 - 18h49
InfoMoney


SÃO PAULO – Associada ao risco, a renda variável muitas vezes é deixada de lado quando se pensa na concretização de um sonho. Mas, com cuidado, é possível usar as aplicações desta categoria para fazer o desejo se tornar realidade.

Para a analista da SLW, Rosângela Ribeiro, é verdade que as pessoas querem mais segurança quando tratam de um sonho, mas a renda variável pode ser usada para a concretização de um desejo no “longo prazo”.

Ela defende que, se a pessoa tem um prazo definido para realizar um sonho, a recomendação é que o dinheiro aplicado vá para títulos de renda fixa, Tesouro Direto ou CDBs (Certificados de Depósito Bancário). “Para sonhos que possam ser realizados em prazos maiores que dois anos, recomenda-se o investimento de parte dos recursos em renda variável ou fundo de ações, clubes de investimento ou a compra direta de ações na bolsa de valores”, diz Rosângela.

Já para o gerente de renda variável da TOV Corretora, Pedro Alceu, investimento  em renda variável vale a pena se for com um prazo superior a cinco anos. Para quem quer comprar um apartamento, por exemplo, o prazo é interessante para se aplicar em ativos do mercado, pois a possibilidade de retorno é maior.

Rumo à bolsa

De acordo com o professor de Finanças da Fiap, Marcos Crivelaro, não é qualquer aplicação em renda variável a indicada para a busca de um sonho. “Pode ser ações, que são de mais fácil acesso, ou fundos de ações, porque o dólar, por exemplo, é mais difícil – seria mais usado para preservar poder de compra para uma viagem”, explicou.
Mesmo quem optar pela bolsa, de acordo com ele, deve ter bom senso, escolhendo apenas ações de primeira linha, as chamadas blue chips, e que pagam dividendos.

Os dividendos são pagamentos efetuados pela empresa aos seus acionistas através da distribuição de parte do lucro líquido da empresa, subdividido de acordo com as diferentes classes de ação. O montante, a ser pago em dinheiro e de forma proporcional à quantidade de ações possuídas, deve ser decidido pelo Conselho Administrativo da empresa. Pela Lei das S.A., deverá ser distribuído um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido apurado em cada exercício.

De acordo com Crivelaro, quanto mais curto o prazo, mais o investidor deve apostar em ações que pagam dividendos e menos ele deve fazer operações de compra e venda na bolsa. Já perto do prazo de concretizar o sonho, para não correr muitos riscos, ele indica que a pessoa se torne mais conservadora em sua aplicação. “Perto do prazo, não reinvista o dinheiro, vá para a renda não variável”.

Investimentos

Para Alceu, da TOV, o valor destinado à renda variável não deve ultrapassar os 35% do total da reserva do investidor.

Para quem escolher a bolsa e for paciente, ele indica o prazo de dez anos no mercado acionário. “O prazo mais longo aumenta a certeza de ganho sobre a turbulência”, afirmou Alceu.

Ele indica que se destine 70% do montante para renda variável em ações de primeira linha. “Não só as tradicionais Petrobras e Vale, mas setores que apresentem bom potencial, como aço e commodities. Os outros 30% podem ser direcionados a small caps, empresas de menor porte, mas que têm potencial de crescimento”.

Cuidados

Quem vai optar pela renda variável para realizar um sonho deve tomar alguns cuidados. Confira abaixo os indicados por Rosângela, da SLW:
  • Procurar uma instituição financeira confiável;
  • Analisar o histórico de rentabilidade dos fundos, clubes e carteiras de investimento.
  • Não investir todo o patrimônio em renda variável, no máximo 35% do total.
DISPONÍVEL EM: http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=2053553&path=/suasfinancas/

Número de mulheres na bolsa sobe quase dez vezes desde 2002

Por: Flávia Furlan Nunes
08/03/11 - 17h37
InfoMoney


SÃO PAULO – As mulheres já representam 24,79% dos investidores pessoas físicas do mercado de ações, de acordo com dados da BM&F Bovespa. Em fevereiro, elas somavam 148.834, do total de 600.341 investidores em posição de custódia.

Desde 2002, o número de mulheres na Bolsa cresceu 890%, já que, naquela época, elas eram 15.030.

Por faixa etária, elas são mais ativas no mundo dos investimentos  entre os 26 e 35 anos (35.565 contas em fevereiro), seguidas de perto por aquelas com idade entre 36 e 45 anos (31.975). Em valores, no entanto, dos R$ 22,38 bilhões movimentados por elas, R$ 8,56 bilhões eram referentes às aplicações das mulheres com mais de 66 anos.

Os dados mostram que as mulheres têm ganhado cada vez mais espaço neste mercado, mas, como elas se comportam, quando o assunto é investimento?

Elas ganham mais...

De acordo com a representante no Brasil da IAREP (International Association for Research in Economic Psychology), Vera Rita de Melo Ferreira, dados de pesquisas mostram que as mulheres que investem tendem a ter um retorno melhor do que os homens, devido ao comportamento demonstrado por elas.

“Elas não pulam de galho em galho, então não perdem com as taxas e os impostos. Eles são mais teimosos e se recusam a realizar uma perda”, ponderou. Ela disse ainda que a mulher, em geral, não gosta de correr risco, enquanto o homem o aceita mais.

...mas estão mais vulneráveis

Apesar de poder ganhar mais no mundo dos investimentos, o fato é que as mulheres estão mais vulneráveis a diversos fatores em sua vida.

De acordo com a consultora financeira Eliana Bussinger, as mulheres podem ficar mais vulneráveis na terceira idade, uma vez que elas têm uma expectativa de vida maior no Brasil, e quando engravidam e ficam fora do mercado de trabalho por um período, para poder cuidar dos filhos.

Por isso, palavra de ordem é disciplina!

Além de estarem mais vulneráveis, as mulheres também têm mais gastos no decorrer da vida. Por isso, para ter sucesso nos investimentos, elas têm de ter disciplina, na opinião da professora da FGV-Rio (Fundação Getulio Vargas), Myrian Lund.

“As mulheres têm gastos elevados ao longo de toda a vida. Quando têm filhos, precisam arcar com os custos da criação deles. Depois, quando eles crescem, os gastos são com estética, para se manterem sempre jovens. E, na terceira idade, aparecem os gastos com remédios e também, em muitos casos, precisam pagar alguém para cuidar delas. Então, durante toda a vida, as mulheres têm um custo alto e acabam tendo dificuldades em guardar dinheiro”.

DISPONÍVEL EM: http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=2056718&path=/suasfinancas/

Professor da FGV ensina onde investir após aumento de juros

Como já era esperado pelo mercado financeiro, a Selic (taxa básica de juros da economia) subiu. A Selic ficou em 11,75% ao ano, a maior taxa dos últimos dois anos.
Neste novo cenário, qual é o melhor investimento?
"A renda fixa", diz Rogério Mori, professor de macroeconomia da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP).
Simples assim. "Os juros altos aumentam a rentabillidade da renda fixa", afirma Mori.
Neste caso, diz ele, as melhores opções são os títulos referenciados em CDI (como o CDB), fundos DI e o Tesouro Direto.
E, entre os papéis pré e pós-fixados, o investidor deve ficar com a segunda opção, já que eles acompanham o ritmo dos juros.
Em queda
Por outro lado, a Bolsa de Valores deve ter algum impacto com o aumento da taxa básica.
"Os juros altos devem provocar alguma queda na Bolsa. Mas investir em ações ainda é uma boa opção, principalmente para quem quer diversificar", afirma Mori.

DISPONÍVEL EM: http://economia.uol.com.br/financas/investimentos/ultimas-noticias/2011/03/03/renda-fixa-e-a-melhor-opcao-quando-os-juros-sobem.jhtm

Paulistas com renda de até 10 salários mínimos têm mais dificuldades de pagar dívidas

SÃO PAULO – O número de famílias paulistas endividadas, com contas em atraso, e que não terão condições de pagar as dívidas é maior entre aquelas com renda de até dez salários mínimos. Em fevereiro, 29,7% delas afirmaram que não poderão honrar com o pagamento parcial ou total das contas no próximo mês.

O dado é da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e divulgada nesta sexta-feira (4).

Dívidas a arcar
Segundo o levantamento, realizado com famílias da região metropolitana de São Paulo, considerando aquelas com as contas em atraso e que ganham mais de dez mínimos, 52,9% conseguirão honrar totalmente seus compromissos. Por outro lado, 17,6% não terão condições de pagar nada.

Ainda de acordo com a pesquisa, 35,3% dos entrevistados que recebem até dez mínimos disseram que vão pagar parte do débito e outros 31,5% deverão pagá-lo integralmente. No entanto, 29,7% declararam que não poderão quitar as contas.

Do total de inadimplentes, considerando todas as faixas de renda, 29% disseram que não terão condições de pagar as dívidas no próximo mês, outros 35% conseguirão pagar parte delas e 32,6% afirmaram que arcarão totalmente com os débitos.

Endividados
A pesquisa mostra que, do total de entrevistados, 54% disseram que estão com dívidas em atraso no segundo mês do ano, sendo que 58% têm renda de até dez salários mínimos e 35% ganham acima desse patamar.

Com relação ao prazo médio de atraso da dívida, a maior incidência é verificada no período superior a 90 dias (44,3%), seguido pelo período de até 30 dias (28,1%).

DISPONÍVEL EM: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2011/03/04/paulistas-com-renda-de-ate-10-salarios-minimos-tem-mais-dificuldades-de-pagar-dividas.jhtm