No decorrer dos últimos dez anos as ações da Vale tiveram uma valorização superior a 1000%. Dependendo do momento de entrada dos investidores, o resultado foi ainda melhor. A boa gestão da empresa, o seu crescimento e a evolução do mercado internacional, com a demanda crescente da China e outros consumidores, têm permitido que os acionistas da empresa tenham anos sucessivos de dividendos atraentes.
E, tudo indica, a empresa está se preparando para uma aquisição que, se realizada, a tornará uma das maiores – mais seletas – empresas de mineração no mundo.
Vendendo suas posições em manganês e ferro-ligas, a Vale se tornará uma compradora em potencial da Rio Tinto.
Se a operação se concretizar, a empresa aumentará muito a sua escala e ganhará acesso, além das minas e redes de distribuição, aos canais de suprimentos e fornecedores da Rio Tinto, reduzindo os custos, aumentando a rentabilidade, a estabilidade na geração de caixa e a segurança dos investidores.
O impacto sobre o preço das ações, naturalmente, dependerá muito do preço pago (considerando que o negócio seja realizado) e do perfil da futura empresa. O primeiro momento, como ocorre em 70% dos casos de aquisições e fusões, geralmente é de queda nos preços das ações da compradora.
Nesse caso, o ponto de compra dos papéis pode ser uma oportunidade única, pois com a fusão das empresas a escala da Vale e o preço dos papéis tende a se alavancar em uma proporção igual – ou superior – ao que ocorreu nos anos seguintes da a privatização.
FONTE: Revista Suma Econômica - Jan/2011 - Pag. 7.
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