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Economista pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Possui cursos de extensão pela Fundação Getúlio Vargas em Fundamentos de Estatística Descritiva e Probabilidade, Gestão de Preços, Consultoria em Investimentos Financeiros, Balanced Scorecard, Finanças Empresariais, Introdução ao Mercado de Ações a Vista, Administração Financeira / Decisões sobre Investimentos e Financiamentos, Direito Bancário, Gestão de Crédito e Risco, Direito do Seguro e Resseguro, Gestão Estratégica em Negócios Bancários, Teoria Econômica do Setor Público, Contabilidade Financeira, Projetos de Investimento Social e Série Estratégica em Finanças. Possui Certificação pela Associação Nacional dos Bancos de Investimentos CPA 10 e CPA 20. É Agente Autônomo de Investimentos credenciado pela Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM), certificado pela Associação Nacional das Corretoras e distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord). E-MAIL: daguiarsilva@uol.com.br

terça-feira, 15 de março de 2011

Como comprar dólares para viajar para o exterior?

* Publicado originalmente em Dezembro de 2010

Por Rafael Seabra


Final de ano chegando, muitas pessoas fazendo planos para viajar ao exterior e o dólar caindo. O que para exportadores e investidores estrangeiros é um pesadelo, o baixo valor do dólar é um presente de Natal para importadores e turistas que planejam viajar para o exterior.


O intuito deste artigo é discutir quatro formas de utilizar dólar no exterior, pesando as vantagens e desvantagens de cada um. Discutirei o que é necessário saber para optar entre compram cédulas, traveller check ou utilizar o cartão de débito ou de crédito.


Dinheiro em espécie


Essa é, sem dúvidas, a forma mais utilizada pelos turistas quando viajam. O receio das demais formas não serem aceitas faz com que a maioria das pessoas opte por levar boa parte do dinheiro para viajar em cédulas de papel.


A grande vantagem é ser aceito em qualquer canto, principalmente em pequenos pagamentos (como táxis, por exemplo). Por esse motivo, é altamente recomendado levar pelo menos uma parte em "dinheiro vivo".


A maior desvantagem, por outro lado, é a insegurança. Caso a pessoa perca ou seja roubada, não há como recuperar esse capital perdido. Por isso, é importante conhecer e optar também pelas outras formas de transportar o dinheiro, tais como travaller check, cartão de débito e cartão de crédito.


Traveller checks


Os travellers checks ou cheques de viagem ainda são bastante conhecidos e seguros, pois contam com seguro contra roubo, perda ou extravio que permite o reembolso ao turista em até 24 horas. No entanto, perdem em praticidade para os cartões.


As vantagens desses cheques estão na segurança, aceitabilidade e a possibilidade de receber troco! Pouca gente sabe, mas muitos estabelecimentos concedem troco para traveller checks. A Mc Donalds é um exemplo.


A desvantagem é que o cheque não tem a mesma praticidade dos cartões de débito e de crédito, além de eventual obrigação de gastar todo seu valor, caso o estabelecimento se recuse (apesar de ser difícil) a dar troco.


Cartões de débito


O cartão de débito para viagem ainda não é muito conhecido do público, mas vem se popularizando com grande velocidade. Operado pela Visa (Visa TravelMoney), o cartão permite que a pessoa estipule o gasto que pretende ter, carregue o cartão e depois vá sacando os valores conforme a necessidade ou simplesmente utilizando diretamente, como um cartão de débito comum.

O cartão pode ser carregado em dólares, euros ou libras.


Se as despesas forem pagas diretamente no cartão, não há cobrança de taxas, mas para cada saque efetuado o turista irá desembolsar £ 1,70, US$ 2,50 ou € 2,50, dependendo da moeda na qual o cartão foi carregado.


Essa modalidade apresenta diversas vantagens, tais como a possibilidade de ser carregado em diversas moedas, não correr riscos por conta de variações cambiais e tem a possibilidade de ser recarregado à distância e a qualquer momento. Além disso tudo, o valor do dólar para compra de créditos geralmente é mais barato que a compra de dólar em espécie.


As desvantagens são as taxas que incidem sobre o saque (assim como em cartões de crédito) e se o dinheiro acabar antes do tempo, é necessário que algum parente ou amigo faça a recarga para você no Brasil.


Cartões de crédito


O cartão de crédito é um meio de pagamento bem mais utilizado, mas que embute um custo maior para o viajante em relação ao cartão de débito ou à compra de moeda ou travellers checks.


É que as operações com cartão de crédito são tributadas com uma alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 2,38%, enquanto a compra de dólar, traveller check ou saques pelo cartão de débito pagam 0,38%.


Ainda assim, o cartão de crédito tem muitas vantagens, tais como a praticidade, segurança e possibilidade de conseguir um câmbio menor quando for pagar a fatura, caso dólar caia.

Fora que o câmbio utilizado pelas operadoras de cartões são menores que os câmbios utilizados pelas casas de câmbio, quando da venda nas demais modalidades.


Como desvantagens, além do já citado IOF, a impossibilidade do turista pode escolher o valor do dólar que vai pagar, já que a conversão do câmbio é feita na data de pagamento do cartão.

Dependendo da tendência da moeda, pode ser bom ou ruim. Mas para quem não quer correr esse risco, o cartão de crédito não é a melhor opção.


Conclusão


Na minha opinião, as melhores opções são dinheiro em espécie, cartão de débito e cartão de crédito apenas como reserva de segurança.

Vou viajar no começo do próximo ano e a estratégia que adotei, me aproveitando da queda do dólar, foi comprar uma pequena parte em espécie, carregar o cartão de débito com um montante que considero suficiente para cobrir os custos básicos da viagem e levar o cartão de crédito apenas para emergências e compras excepcionais.


Pesquisei bastante sobre esse assunto nos últimos dias e fiquei surpreso com as vantagens da utilização do cartão "pré-pago" da Visa. Ele é muito seguro, fácil de manter o controle dos gastos (quando acaba, acabo mesmo, sem direito a limite adicional) e ainda oferece uma taxa de câmbio mais barata que o dinheiro em espécie.

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